Certa manhã havia pensado em recomeçar a escrever em meu caderno. Sim, um novo caderno. Mesmo que as páginas acabassem, mas iria seguí-lo em outros e mais outros. Sempre temos estórias para contar. De tantas experiências, de tantas pessoas, de nós mesmos. Isto era um hábito que fazia quando criança.
Aos meus nove anos, depois de uma longa fase de bonecas Barbies, ganhei de minha tia, um diário. Era pra contar o que havia passado no dia. Era para contar minhas estórias, o que conversava com as bonecas. Só que além de rabiscos, comecei a construir letras em rimas. Estórias em acontecimentos. Falas em sonhos. E além de tudo, ilustrações; como em todos aqueles livros que sempre me faziam companhia. Os maravilhosos e amigos livros da infância.
Sempre fui fascinada por livros. E é por isto que me sinto feliz a neste instante. Por tantos altos e baixos em minha vida, tantas complicações, agora estou rodeada de livros. Sinto o perfume deles, sinto que eles me ouvem. Sinto que me fazem companhia, até mesmo como ninguém mais pode fazer. Sinto que até mesmo respondem minha perguntas. Não são seres falantes, mas em uma só palavra que leio, são capazes de trazer um universo abrangente de idéias em meus pensamentos.
Escrever em um caderno é algo mais fascinante que se possa fazer. Além de descobrir-se em palavras, somos capazes de abraçar o mundo com nossos pensamentos.
Pode parecer meio louco, pode ser meio diferente, mas acredito que se ser louco é colocar tudo para fora o que sentimos, é fazer o que se tem mais vontade e sorrir para tudo isto, é uma forma absolutamente de ser feliz. Seja momentânea, seja por um breve tempo.
O que você faz em seu tempo livre para que o mundo ao seu redor se torne único e feliz?
Isso é possível, quando tentamos nas coisas mais simples da vida e fazer o que mais amamos, tornam-se com certeza, retratos de nosso próprio sorriso !
(Joyce Martins)
(Joyce Martins)