Num pequeno vilarejo, morava uma linda jovem de quatorze anos, cabelos pretos e longos, olhos verdes que mais pareciam um par de esmeraldas. Branca feito nuvem, a menina era muito inteligente e bastante cortejada pelos meninos da pequena cidade onde vivia: Arcorilândia. Dhynara, assim se chamava, morava com seus pais numa casinha meiga, rosada e com jardins ao redor. Era uma família simples e plantavam quase tudo que comiam: arroz, trigo, frutas, milhos e legumes, em geral.
Sua mãe, dona Luíza, uma mulher dedicada ao lar e muito bonita, trabalhava fazendo bolos e doces, era dona de uma confeitaria. Quando Dhynara não estava estudando, ajudava sua mãe nos doces. Já seu pai, Nathan, um homem dedicado à plantação e trabalhava no reino de Marenlásia, logo perto de Arcorilândia. Ele seguia todo dia bem cedo, com seu almoço numa bolsa, feito pela sua esposa e montado no seu cavalo branco, que se chamava Celeste (O cavalo recebera este nome por ter nascido à noite), era um animal muito bem cuidado, adorava um belo capim fresco e bastante água por onde passava.
Certo dia, Dhynara voltava da escola com suas amigas, recebeu um aviso de um amigo seu, para que fosse levado o almoço de seu pai até o trabalho, já que dona Luíza atrasou um pouco a encomenda. Ouvindo o que Igor dissera, ela pegou um cavalo emprestado de Sebastian, um nobre amigo da família e foi ao destino de Marenlásia. Chegando lá, Nathan ficou surpreso e perguntou “Filha, o que fazes aqui? Não era para você está em casa ajudando sua mãe com as encomendas dos bolos e doces?”. Dhynara, pouco confusa, “Claro papai, mas Igor deixou um recado para mamãe até a mim e logo que recebi, obedeci e trouxe como pedido, seu almoço!”. O pai de Dhynara já havia planejado em almoçar com seus amigos de trabalho, mas mesmo assim, adorou a gentileza e preocupação de sua filha ir até ao seu encontro, levar seu almoço, o deixando muito feliz e ao mesmo tempo preocupado, pois não queria que a filha andasse à cavalo sozinha, atravessando as cidades pelos montes.
Charlie, o filho do rei de Marenlásia, Jhonar, viu aquela linda moça de cabelos pretos saindo de um jardim quando saia da plantação onde seu pai trabalhava e correu atrás dela, até que a alcançou. Assustada, Dhynara o olhava e pedia para que ele não fizesse nada com ela, mas ele sorriu, vestia roupas nobres e tinha jeito de ser alguém importante da corte. O rapaz chegou próximo a ela e falou “Com licença senhorita, posso saber o seu nome?”. Percebendo que ele levava uma medalha em seu peito que significava ser do reino que vinha, a garota respondeu, fazendo uma reverência mais formal “Sim Alteza, me chamo Dhynara, mas já estava de saída, só vim deixar o almoço do meu pai, é que ele tinha esquecido! Até mais senhor!”.
Percebendo que aproximava-se a cavalaria da corte de Marenlásia, Dhynara sentiu-se um pouco acanhada, estava vestindo roupas tão simples e sentia que todos a sua volta a olhavam estranhamente. Menos o príncipe, Charlie. Ele olhava para aquela garota de um modo encantador e a convidou para ir almoçar em sua companhia no palácio. Ela não aceitou e disse que iria embora, tinha que voltar para casa e para ajudar nos doces da sua mãe. Ele sorria, parecia entender e explicou que ela não demoraria e a levaria de charrete para sua casa, precisava apenas que ela confiasse. Mas Dhynara continuou tímida com o convite e quis fugir, sentiu-se envergonhada por suas roupas simples e mãos sujas de terra. Uma moça da cavalaria da corte se ofereceu para que ela fosse junto ao reino e lá poderia escolher uma roupa bem bonita a qual desejasse e ficar bem mais à vontade. Era a governanta-mor do reino de Marenlásia, havia cuidado de Charlie desde da época em que ele era um garotinho.
Convencida então com o que vira e encantada com a presença daquele príncipe, ela pedira que primeiramente fosse à casa dela para que avisasse a sua mãe que iria demorar mais um pouco em Marenlásia. Um mensageiro da corte então fez este trabalho, deixando a mãe de Dhynara sem entender muito, mas estava mais despreocupada, vendo que a filha tinha sido convidada para almoçar em um reino, era algo que nunca havia visto antes, já que eram de uma família tão simples, de um modo a deixava feliz.
Dhynara e Charlie seguiram em direção ao castelo de Marenlásia, uma parte à pé, conversando sobre muitos assuntos e apreciando juntos a bela visão daquelas terras. Tudo tão lindo, muitos pássaros, árvores, riachos, enfim, o clima era ameno dava para passar horas olhando aquele belo horizonte.
Charlie era um príncipe aventureiro, gostava também de muito luxo, havia nascido no berço de ouro da Nobreza, estava com dezesseis anos e com a perda de sua mãe, tinha o deixado sentir-se triste por muito tempo. Sua mãe havia morrido quando ela colhia maçãs para fazer uma torta. Um caçador com uma fecha, prestes à mirar um pássaro, atingiu em cheio a Rainha Zhalyra e morreu quando Charlie tinha apenas quatro anos.
Na época em que a Rainha morreu, o rei Jhonar ficou sozinho criando seu filho com a ajuda da sua irmã Clara, a governanta-mor do palácio, uma condessa muito fina que gostava muito de seu sobrinho, como fosse seu próprio filho.
Charlie e Dhynara chegaram ao palácio de Marenlásia, de olhos bem abertos, a menina de Arcorilândia parecia não acreditar no que vira: Tudo era tão bonito está num palácio, parecia esta sonhando acordada num conto de fadas. Durante o almoço, todos conversavam e apreciaram muito a presença daquela linda jovem. Charlie a apresentou a todos, convidando-a para outras vezes em seu palácio, mas Dhynara não conseguia acreditar no que seus olhos e seu coração vivera naquele instante tão mágico e significante, era algo que iria guardar em seu pensamento para o resto de sua vida.
Se despedindo do gentil Charlie e de todos do palácio, Dhynara foi guiada pela cavalaria da corte de Marenlásia para encontrar seu pai e juntos seguiram para casa. Partindo ao destino de Arcorilândia, ela decidiu aproveitar o tempo e os campos floridos daquele lugar que achara tão mágico e cavalgou um pouco pelas redondezas, sentindo aquele ar puro e na companhia de seu pai. Olhou para o horizonte e percebera um grande foco de luz em sua volta, luzes e mais luzes de todas as cores como se elas a seguissem para algum destino, algum lugar que desconhecera. Tão fascinada por aquelas cores, Dhynara, distraída, caiu de seu cavalo e entrou num profundo sono. Quando acordou ela sentiu estar em um lugar mágico, mas não estava mais na companhia de seu pai, nem voltando para casa, encontrara como em seus sonhos, num lugar mágico e colorido, distante de tudo, mas bem próximo de sua imaginação. Lembrara de uma antiga lenda que sua mãe sempre contava quando era pequena: A Lenda do Arco-Íris. Várias luzes seguiam uma menina e a levava até final daquele brilho colorido no céu, encontrando um gigante pote de ouro e quem conseguira chegar até lá, a fortuna estaria definitivamente como sua companheira para o resto da vida. Dhynara sentira está em cima de algo muito brilhante e quando olhou para baixo viu um gigantesco pote de ouro, assim como a lenda que sua mãe contara, um pequenino homem de nariz vermelho e chapéu engraçado carregava este pote e a entregou com um grande sorriso nos olhos. Juntos em seguida, aquele homemzinho segurou em sua mão e juntos voaram em direção para sua casa, levando toda aquele pote cheio de ouro para seu lar.
O canto dos pássaros estavam em sua volta, o cheio da natureza invadiam seu vestido, sentia gramas em seus pés e areia em suas mãos. Estava deitada e mechia seus dedos, empurrando para dentro da terra molhada. Dhynara abrira os olhos, sentindo uma nova visão: Uma visão de que estava debaixo de uma árvore, com seu cavalo deitado ao lado e um grande pote luminoso, cheio de ouro. Sonhara? Não sabia, mas deveria levantar e seguir adiante para sua casa, seu pai deveria já está preocupado ou está nas redondezas procurando ajuda para ver que acontecera. Mas estava tudo bem, era como despertar mesmo de um sonho, uma sensação transmitida para o real, algo tão emocionante e perfeito que só mesmo poderia sentir numa terra tão encantadora como aquela.
De volta para casa, Dhynara havia deixado todos preocupados mas aliviados e muito felizes com sua presença, a linda jovem de cabelos longos estava de volta, para os braços de seus pais e de toda sua Arcorilândia. Tudo estava tranquilo agora, e estava rica, com aquele pote de ouro em suas mãos e um novo sonho para sua vida começava apartir daquele instante. Sua mãe desconfiava que sua filha havia sido abençoada com a incrível história das luzes coloridas do céu e percebera que era mesmo verdade, a vida havia se tornado mais fascinante e mais fácil de acreditar em sonhos.
O tempo passara em Arcorilândia e no dia do aniversário de dezesseis anos de Dhynara, ela teve uma grande surpresa: Charlie havia vindo visitá-la e pedi-la em casamento. Foi uma grande festa para todos em Arcorilândia e também em Marenlásia, que agora estavam unidas através do coração daqueles dois jovens. Dhynara agradecera pelo carinho de todos em sua volta, a vida caminhava numa nova direção, no sentido das luzes coloridas, trazendo a todos e para ela,Felicidade em seu coração e ao de Charlie, que sorria mais do que nunca!
Charlie e Dhynara se casaram no palácio de Marenlásia, naquele mesmo lugar que um dia aquela menina achava que estava sonhando ou não era possível acreditar que poderia está num lugar como aquele, mas tudo era real, uma nova vida se iniciava! Seus pais continuaram em Arcorilândia e construiram uma nova casa dentro do palácio onde Dhynara agora e seus filhos viviam felizes, governando junto com seu esposo um novo reino: Marenlásia e Arcorilândia, eram agora como um só lugar:Um só coração, um novo sentido.
Para esta história, deixamos a seguinte mensagem: a riqueza maior de nossa vida está em nosso coração e junto a quem amamos, dinheiro não é tudo, mas pode vir no sentido de ajudar muito ou mudar de vida, existem muitas mais coisas importantes que podemos construir e deixar nosso horizonte mais bonito, é só querer, sonhar sempre! Siga o caminho do coração e das luzes coloridas do arco-íris em sua volta...