Abrigo do medo,
Devorador de almas,
Olhos famintos,
Uma serpente solitária a caminhar
longe de indivíduos doces de existência...
Noite cor rubra e gritante,
Duas almas e mais nenhum sussurro,
Você sugou todo ar em volta
e só restou meus pedaços desnudos,
mortos e desfeitos,
alucinógeno e sem brilho,
ressurgi depois das cinzas
e as portas abriram e falaram:
Caminha em frente e vence seu medo, moribunda!
(Joyce Martins)