Acabou! Eu já sabia disso.
A lembrança é sonora,
E também é olfativa!
Acabou! Sim, mas é claro.
Não houve tremores,
Mas o teto desabou de sentimentos tortos.
Ai de mim,
Ai de ti,
Ai de nós!
Acabou! Mas por que não no começo?
Se fosse um terço, não teria berço,
Nem preço, nem morada
E nem endereço!
Ai de mim,
Ai de tu,
Ai de nada!
Acabou! E eu estava sozinha,
Olhei em volta e tudo era como antes,
Mas as cores da última página,
Não entram em sintonia com o início
Nem com as garras infantis
De tua chegada e partida...
Ai de mim?
Acabou?
Fechou?
Não,
Curou!
(Joyce Martins)