Vem! Vem para os meus braços,
E transforma meu mundo em cores e arte!
O pincel que borda a tela de nossos pensamentos,
É parte, é nosso resgate...
Figura pura, minha loucura!
Como poderia viver sem alguém assim?
És a imensidão, galáxia e toda constelação juntas,
És varredura de meu sofrido coração,
Tão brega e tão albino,
Se perdendo nestas páginas amarelas
Que somente construímos...
Vem! Oh, doce criatura!
Vamos dançar, fogo e ar!
Vamos juntos ao monte, vamos juntos enlouquecer!
Girando, rodopiando, em alucinações, rostos e cores,
Um mundo medonho nos aguarda...
Mas fica, fica mais um pouco, fica!
Em nossa caixa segura e secreta,
Onde somente nós sabemos,
Eu e você, dois tremores,
Unicamente personagens unidos,
Pela força e angústia, vencidos, leitores!
(Joyce Martins)
