março 22, 2015

SANATORIUM

Eu estava entre papéis
Com o pensamento distante
Como o devaneio dos loucos
Como o surdo que ouve a sinfonia pela primeira vez...

Eu não resisti e voltei a pensar em você
E não tive medo de me machucar
Porque os loucos são nossas testemunhas
E o pensamento que despe-me das impurezas do mundo
Leva-me até o pulsar do seu coração
Num anseio de um abraço que é só seu...

Uma lágrima brota no rosto
Que não sei se é de alegria ou de tristeza,
Mas o que sei que agora eu psicografo sua alma
em meu pensamento como a necessidade de viver
Juntamente com o barulho da canção da chuva
Onde meu amor ainda permanece enjaulado
E pulsa ao encontro da loucura que habita nossa existência:
Paciência...

(Joyce Martins)