setembro 15, 2014

CAIXA DE PAPEL

Sentada no Café Luiz
E as lágrimas que não caem é uma somente uma metáfora...
Sou um indivíduo qualquer
Que busca uma cadeira qualquer,
Uma folha qualquer
Para mais uma simples sinfonia...

"Quem sou eu?" "Ainda existo?"
Pergunto-me antes de bebericar meu copo de chá
E o aroma de canela sobe em minha mente:
- Lembranças vagas,
Dores perpetuantes
E um universo o qual não pertenço mais...
Faço parte daqueles que fazem poesia para esconder a dor
Sob as letras tortas e lentas como numa canção
Como a única forma de expressão dessa mente que peca, vaga, anseia e entristece,
Sob as lembranças desta vivência que morre a cada instante
dentro de uma caixa de papel...

(Joyce Martins)