outubro 26, 2012

PUNIDA POR AMAR

Onde estão meus pés quando quero sentir o próprio chão?
Onde está a força vital a qual fazia minha face rubra,
num terno sorriso?

Sim, fui punida por amar!
Sim, fui punida por declarar ao meu semelhante,
aquele mesmo, em horas dedicadas, sem sono e distante,
Trazendo-me sombra e afeto como esperança
e com os olhos bem abertos...

A ternura que existira, agora não mais,
é agora uma criança em lágrimas que se desfaz,
diante dos meus olhos perdidos no horizonte,
atrás de um verdejante monte,
sem saber - Para onde estou indo agora?

(Joyce Martins)