Alma dourada resplandecente,
Conta tua estória, adormece em teus braços, contente,
Executando a forma que tu almejas,
Segue claro, segue em fé,
Onde a água dos vales misteriosos gotejam...
Alma de si, alma do mundo,
Tece tua estória, embalado num sono profundo,
Cantarolando canções de ninar,
Vem-se tesouro de si, vem teu despertar!
Renasce do que fora vivo,
Renasce restruturado, jovem moço,
Semblante ativo ao caminhar...
Morada dos deuses, abrigo de paz,
Desperta longe do ódio, vai-te longe
E veleja ao teu cais,
Substrato de estrelas cadentes
Em teu tesouro molhado,
Pirata de pele amiga, semente e fado,
Aqui segues no tear centrifugado...
És Brígida, és Esperanza,
Mereces o contínuo das forças
Em torno da vida, jovem moça,
Fulgura em confiança...
(Joyce Martins)
