abril 01, 2012

MISÉRABLE

A pobreza rouba a alma do ser humano,
A falta de um pão, uma dor tão tamanha,
Sete crianças na espera de um alimento
Em suas entranhas!

Dores do mundo que perpetuam o presente,
A carne em prantos se decompõe para a vida ausente,
Roubada e ferida, na odisseia do tempo,
Nunca acalentado, molhado ao vento,
Pelas lágrimas dos corpos que jazem
Neste mundo tumultuado,
Pela essência roubada,
Certamente, afogados!

Lágrimas cinzentas,
Redenção à vista!
Contempla as antigas feridas,
Uma face cintilante,
Diante deus, à luta
E à esperança infante!

(Joyce Martins)