A terra está molhada,
E quando a criança chora,
A arte sente-se abandonada,
Impura e sólida,
Entre ramos de amarguras,
A flora goza em delírios de dor,
A ausência do amor,
De que um dia tudo fora
Formosura e esplendor!
O verde macio dos bosques antes existira,
Hoje vem a chorar
Os barcos se foram na busca de um novo pensar,
E a chuva continua molhando
A areia daquela terra
Que fora bela, certo dia,
Nos campos dos pássaros,
Lacrimejantes pela preciosa e ausente harmonia.
(Joyce Martins)