Sentada na varanda de sua casa, estava Suzane, uma linda princesa celta que morava nos mais distantes campos irlandeses do Sul.
A bela princesa de cabelos amendoados havia sido cuidada naquele lugar, por pais adotivos da realeza, na qual tinha chegado àquele lugar tão pequenina, mas isto não fazia diferença para ela, o importante era sua felicidade em viver ali.
A bela princesa de cabelos amendoados havia sido cuidada naquele lugar, por pais adotivos da realeza, na qual tinha chegado àquele lugar tão pequenina, mas isto não fazia diferença para ela, o importante era sua felicidade em viver ali.
Todas as manhãs, Suzane amava brincar com seus animais: gatos, araras, cachorros e muitas tartarugas, ficando horas entre o carinho de cada um deles. Era uma sensação mágica, está na companhia dos animais, para ela, a coisa mais deliciosa do mundo, os melhores amigos do mundo e que não não capazes de nos machucar com palavras ou nem nos ofender de espírito.
Suzane desde pequena sempre foi esperta e inteligente. Tinha várias habilidades, entre elas, sabia falar vários idiomas e amava cavalgar, seu esporte preferido era equitação. Muitas das senhoras da realeza criticavam o seu comportamento, afirmando que Suzane tinha atitude masculina e se parecia às vezes como menino.
Na verdade, Suzane gostava mesmo de ser diferente, mas não estava preocupada com conceitos, o que queria mesmo, era se sentir livre e ter prazer em fazer o que mais lhe desse vontade. A rebeldia era sua companheira em algumas vezes, contrariando seus pais em brincar tarde da noite com os porquinhos que ficavam próximo ao jardim e ser encontrada suja entre eles, despreocupada como se sua aparência não importasse tanto, queria mesmo era sentir-se bem e se divertir. Certa vez, cansada de sua imagem tão comum como às outras adolescentes de sua região, radicalizou e mudou seu visual, cortando seus próprios cabelos. As críticas continuavam, mas ela cada vez menos se importava com isto.
O propósito de Suzane não era querer chamar a atenção dos outros em sua volta, ela queria está sempre diante de suas vontades, infelizmente no mundo que vivia, o diferente ou ter alguma atitude não comum a maioria nem sempre era bem visto com bons olhos.
Os pais de Suzane percebiam seu comportamento tão muitas vezes extravagante de sua filha única, embora ela fosse uma menina tão amável e carinhosa, tanto com seus animais quanto com as pessoas em seu redor. Percebendo então que ela se aproximava de seus dezoito anos, pelas normas da realeza que vivia, ela deveria em breve se casar com algum pretendente próximo.
Na vida pessoal de Suzane não haviam pretendentes, não havia namorado e nem mais ninguém, era uma idéia ainda não desperta em sua mente. Tinha muitos amigos tanto da realeza que vivia quanto amigos plebeus que viviam na sua região, ou seja, para ela não existia diferença, a amizade não era dada pelo o que os outros tinham ou que papel social que exerciam, mas pela dignidade de ser humano que cada um representava.
Pelas normas da Realeza, foi convocado um filho de uma nobre família da Escócia e que então noivaria com Suzane e ambos futuramente poderiam reinar juntos naquele lugar mais tarde. Então assim veio Hebert, um jovem escocês, bonito, loiro, alto e com olhos azuis, um encanto de rapaz, além disso, assim como Suzane, ele também tinha muitas habilidades.
Assim, conforme organizado, Suzane e Hebert noivaram diante à Realeza daquele lugar, numa cerimônia belíssima e entre poucos convidados, segundo seus pais, algo somente aos mais especiais.
Passou-se o tempo e assim estavam Suzane e Hebert morando juntos naquele lar real, porém dormindo em quartos separados. Ambos foram construindo uma boa amizade, se conhecendo e aprendendo cada vez mais um sobre o outro, apesar de Suzane perceber desde o início que Hebert apresentava um certo mistério, sentindo-o angústia em seus olhos, mas não entendia o por quê, talvez fosse uma fase de adaptação ou porque sentia saudades de sua família.
Certa noite ao deitar-se em sua cama, Suzane foi à varanda. Estava sem sono e era de costume está naquele lugar, passando horas lendo ou na companhia de seus animais.
Já tinha se passado um bom tempo e percebera o que havia conquistado entre Hebert era mesmo uma amizade fria e com poucas palavras, cada vez mais isto mais se acentuava. Não conseguira muito sua confiança e nem afinidade, Hebert era tímido, fechado e mostrava-se muito frio ao longo do tempo. Suzane presumia que ele agia assim por sentir muita falta de sua família. Na verdade, ele sentia falta de seus familiares, mas o por quê de sua distancia foi descoberto. Hebert estava apaixonado por sua prima Aliantha, com quem tinha um relacionamento de muitos anos às escondidas e pretendia se casar, mas era uma decisão que contrariava seus pais.
O desejo de Hebert portanto foi atendido, depois de tantos esforços e pela ajuda de Suzane, que o entendia, não queria deixá-lo sofrendo, sabia que ele tinha um amor e compreendia que era a coisa mais triste ficar longe de quem se ama. Suzane estava feliz por Hebert, embora iria sentir um pouco de saudades dele, mesmo com aquele jeito tão distante e indiferente. Agora sentia sua sua mente estava mais clara e mais compreensível diante dos fatos de sua vida.
Suzane voltou para seu costumeiro hábito de adolescente e estava prestes a se tornar uma mulher adulta, isto não muito a importava, mesmo quando estava noiva, continuava fazendo o que lhe vinha à mente e sem ouvir as críticas de sempre.
Certo dia, uma embarcação de uma família nobre do Sul das Américas, estava em destino à região que habitava Suzane. Um dos barcos se distanciou dos outros e foi bater numa das pedras que estavam próximas à beira-mar; vista que Suzane estava acostumada a apreciar todas as noites em sua varanda.
Quando viu aquele barco virado perto das pedras, Suzane desceu da varanda e correu em direção a ele.
Lá estava um pouco adormecido e machucado, um belo rapaz de traços latinos, de olhos amendoados, cabelos escuros e lisos que lembravam a cor da beleza de um luar em comunhão ao mar. Arrastou o barco em direção a sua varanda e levou o rapaz com ajuda dos empregados que trabalhavam nos aposentos da cozinha. Em seguida o banharam e agasalharam-no, colocando-o para dormir próximo ao quarto de Suzane.
Ela estava encantada com aquele rapaz, seja quem fosse, ele era um brilho em seus olhos, a fazia sentir algo que jamais seu coração havia presenciado dentro de si.
Passou toda a noite em seu quarto pensando se aquele rapaz estava bem, quem ele era e como estava dormindo. Cansou de ficar pensando e foi até ao quarto onde ele descansava num profundo sono.
Ao seu lado, ela o tocou em seus cabelos e em seu rosto. Carinhos em seus pulsos, olhava-o dormir. Ele tinha um corpo forte que a fez querer beijá-lo em seu peito e abraçá-lo. Neste gesto, o rapaz moveu-se e abraçou-a forte, mas ela sentiu medo e recuou. Suzane então olhando para ele ainda na escuridão e ainda encontrado entorpecido pelo seu profundo sono, ela tirou sua camisola e ergueu a mão do rapaz em seu seio. Ele parecia dormir, mas sua mão movia em direção ao seu corpo, assim Suzane sendo tocada cada vez intensamente pelo aquele estranho rapaz, juntos consumaram um amor quente e intenso por toda a noite.
O tempo passou e aquela noite de Suzane tornou-se algo emblemática e inesquecível, era algo que não conseguia entender mas, portanto o seu presente agora era mais importante. O amor aconteceu naquele instante como arte do encontro verdadeiro entre almas que se encantam e brilham conforme as estrelas. Naquela noite estava ao lado do príncipe Angellus e havia sentido a intensidade do seu encontro numa forma tão inesperada. Angellus era especial e tinha muito em comum com Suzane, ambos tinham as mesmas afinidades, o sentimento pela aquela existência de ambos fazia caminhar para a vivência da magia e da completude. Suzane estava aprendendo a deixar algo entrar dentro do seu coração, algo que jamais sentira antes - O amor a consumava e isto era o que mais importava para ela naquele instante.
Suzane e Angellus vinheram a se casar numa celebração incrível e harmoniosa, relembrando que não foi pela aquela noite que se descobriram num amor quente sob o luar. Mas que o amor não tem hora, forma e nem sentido como ele possa chegar.
O amor é doce e ao mesmo tempo profundo, assim como o de Suzanne e Angellus, não precisa de tantas palavras intensas, basta que a intensidade seja expressa de tantas outras formas e pela plenitude dos votos sinceros de comunhão e fidelidade.
Naquela noite, o barco não estava ali por acaso, como um fato qualquer. Devemos observar que a vida nos envia sinais para que possamos decodificar e abrir o coração para os mais puros e aos mais intensos sentimentos, levando-os assim, juntos a nós, sempre a deixar acontecer o que tiver de bom, o que puder ser de melhor para nós, abrir o coração e deixar agora e sempre, o amor acontecer...
O amor pode está em qualquer lugar, basta podermos enxergar, ao nosso modo, os anjos protetores que Deus nos coloca, em nosso caminho.
(Joyce Martins)
(Joyce Martins)