Flocos estrelares atravessam o céu,
Não há lugar, não existe maior encantamento,
Diante da imensidão,
Aos olhos deste profano coração.
Vinde a mim,
Em teus semblante, és uma face protetora,
Vinde a mim,
Em tua alma, acalma esta realidade assustadora:
Aquela que nos abriga,
Aquela que nos ensina a existir,
Aquela que não mais nos pertence,
E seguimos em partir.
No alcançar deste barquinho ao mar,
Embora e para a infinitude,
Na pureza da ilusão e na plenitude.
Ele disse - "A porta está aberta, resta apenas entrar,
no fechar dos olhos e na arte do sonhar!"
O barquinho se vai,
Aqui ele passa,
Bem longe, eu e você,
Distante desta fumaça,
Para a imensidão e para a brisa,
No mais doce e infinito desejo,
O qual nosso amor eterniza.
(Joyce Martins)